"... e ela não passava de uma mulher, inconstante e borboleta como todas"

(clarice lispector)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

ROCOCÓ













ROCOCÓ

O rococó é um movimento artístico europeu, que aparece primeiramente na França, entre o barroco e o Arcadismo. Visto por muitos como a variação "profana" do barroco, surge a partir do momento em que o Barroco se liberta da temática religiosa e começa a incidir-se na arquitectura de palácios civis, por exemplo. Literalmente, o rococó é o barroco levado ao exagero.O rococó tem como principais características: Cores claras;Tons pastéis e douramento;Representação da vida profana da aristocracia;Representação de Alegorias;Estilo decorativo;Possui leveza na estrutura das construções;Unificação do espaço interno, com maior graça e intimidade;Texturas suaves. O ROCOCÓ é o estilo que predomina nas artes européias durante o século XVIII, para se atenuar e finalmente desaparecer nas duas últimas décadas do século, quando surgem as manifestações iniciais do neoclassicismo, que se inspirará, como as artes renascentistas, na antigüidade clássica greco-romana.
O rococó é um estilo eminentemente francês, a começar pela denominação, que se originou da palavra francesa rocaille (concha), elemento na época profusamente usado e caprichosamente estilizado pelos decoradores e ornamentistas. Entre os estilos Luíses da França, é o chamado estilo Luís XV. Irradia-se pela Europa e, através de Portugal, chega ao nosso país, sobretudo no mobiliário, sob o nome de D. João V. A denominação rococó teria sido usada pela primeira vez em 1830, tirada do vocabulário das artes decorativas, para designar a fase do barroco compreendida entre 1710 e 1780. Esta simples circunstância define a sua natureza caracteristicamente decorativa e ornamental.
Trata-se de natural desenvolvimento do barroco. Ocorre, porém, que enquanto no século XVII o barroco traduzira na sua energia, nas suas violências expressivas e no seu realismo de inspiração popular, a mentalidade e os interesses da burguesia manufatureira e mercantilista, que estava evoluindo para o estágio industrial e capitalista, em plena marcha para o poder político que conquistará com a Revolução Francesa, o rococó expressará na sua delicada elegância caprichoso decorativismo e inspiração fantasista e mundana, o espírito, os interesses e os hábito da aristocracia palaciana, ociosa e parasitária, em que se havia transformado a antiga nobreza feudal, militar e agrária, que marcara com o seu domínio a sociedade feudal. Assim é que expressão da burguesia, em ascensão como classe, o barroco foi sobretudo vitalidade e movimento, ao passo que expressão da aristocracia, classe em decomposição, o rococó será sobretudo fragilidade e graça.


ARQUITETURA ROCOCÓ


O rococó é um movimento artístico europeu, que aparece primeiramente na França,
entre o barroco e o neoclassicismo. Visto por muitos como a variação "profana" do barroco,
surge a partir do momento em que o Barroco se liberta da temática religiosa e começa a incidir-
se na arquitetura de palácios civis, por exemplo. Literalmente, o rococó é o barroco levado ao
exagero.
Entre ambos, existiu o Rococó. Na ourivesaria, no mobiliário, na pintura ou na decoração
dos interiores dos hotéis parisienses da aristocracia, encontram-se os elementos que
caracterizam o Rococó: as linhas curvas, delicadas e fluídas, as cores suaves, o caráter lúdico
e mundano dos retratos e das festas galantes, em que os pintores representaram os costumes
e as atitudes de uma sociedade em busca da felicidade, da alegria de viver, dos prazeres
sensuais. O Rococó é também conhecido como o "estilo da luz" devido aos seus edifícios com
amplas aberturas e sua relação com o século XVIII.
Os pintores mais representativos foram François Boucher, Antoine Watteau e Jean-
Honoré Fragonard.



FRANÇA: Na arquitetura, o estilo rococó manifestou-se principalmente na decoração dos espaços interiores, que se revestiram de abundante e delicada ornamentação. As salas e salões têm forma oval e as paredes são cobertas com pinturas de cores claras e suaves. São exemplos o "Hotel de Soubise" construído por Germain Boffrand e decorado por Nicolas Pineau entre 1736 e1739, e o "Petit Trianom" construído Jaques-Ange Gabriel entre 1762 e1768.




PINTURA ROCOCÓ :


A pintura do Rococó divide-se em dois campos nitidamente diferenciados. Por um lado é um documento visual intimista e despreocupado do modo de vida e da visão de mundo das elites européias do século XVIII, mas adaptado à decoração monumental de igrejas e palácios serviu também como meio de glorificação da fé e do poder civil. O Rococó nasceu em Paris em torno da década de 1700, como uma reação da aristocracia francesa contra o Barroco suntuoso, palaciano e solene praticado no período de Luís XIV. Caracterizou-se acima de tudo por sua índole hedonista e aristocrática, manifesta em delicadeza, elegância, sensualidade e graça, e na preferência por temas leves e sentimentais, onde a linha curva, as cores claras e a assimetria tinham um papel fundamental na composição da obra. Da França, onde assumiu sua feição mais típica e onde mais tarde foi reconhecido como patrimônio nacional, o estilo Rococó logo se difundiu pela Europa, mas alterando significativamente seus propósitos e mantendo do modelo francês apenas a forma externa, sendo então adotado na Alemanha, Inglaterra, Áustria e Itália, e com alguma representação também em outros locais, como Portugal, Espanha, os países eslavos e nórdicos, chegando até mesmo aos Estados Unidos e, com maior impacto, ao Brasil.


FRANÇA :


Antoine Watteau (1684-1721) é considerado um verdadeiro mestre da pintura rococó francesa. Seus personagens são joviais e parecem dedicados ao gozo das coisas boas da vida. Sua principal obra, "Embarque para Citera".

Jean-Baptiste Simeon Chardin (1699-1779). Seus quadros, em vez de apresentarem o mundo fantasioso e frívolo dos cortesões, retratam cenas da vida cotidiana e burguesa da França. A principal característica de Chardin é a sua composição nítida e unificadora de todos os elementos retratados. No quadro "De volta do Mercado" a personagem que chega à sua casa carregada de compras e percebida visualmente pelo espectador de um modo perfeito em relação aos moveis.




ESCULTURA ROCOCÓ :

Devido ao grande desenvolvimento decorativo, a escultura ganha importância. Os escultores do rococó abandonam totalmente as linhas do barroco.As suas esculturas são de tamanho menor. Embora usem o mármore, preferem o gesso e a madeira, que aceitam cores mais suaves. Os motivos são escolhidos em função da decoração. Até artistas famosos, principalmente ligados a manufactura de Sèvres apressam-se a preparar, desenhos e modelos. Em função de lembrança, do souvenir, os pequenos grupos representam cenas de gênero e narram, com linguagem espontânea e cores luminosas, episódios galantes, brincadeiras e jogos infantis.







FRANÇA :



Na escultura temos Egid Quirim Asam (1692-1750), exemplificado pela obra "Assunção da Virgem", na Abadia de Rohr, Alemanha, e Claude Michel, ou Clodion, um dos últimos expoentes do rococó francês, com sua obra "A Ninfa e o Sátiro".

Merecem destaque, ainda, as esculturas realizadas em larga escala, em especial na Alemanha e na Áustria.

Um comentário:

  1. Ameii tdo isso,me ajudou muito em um trabalho q eu fiz...muito interessante,parabéns!

    ResponderExcluir